QUEERMUSEU


Queermuseu reabre no Rio.




A exposição gerou grande debate nas redes sociais.[2] O evento foi aberto no dia 15 de agosto e seguiria até o dia 8 de outubro, contando com 270 obras que abordavam as "questões de gênero e diferença".
Grupos cristãos, especialmente católicos, junto com o Movimento Brasil Livre e o deputado Marcel van Hattem,[3] alegaram que havia imagens que desrespeitavam símbolos religiosos católicos, e imagens associadas à pornografia, à pedofilia e à zoofilia.[4] Segundo esses grupos, foram expostas imagens de hóstias com inscrições dos nomes de órgãos sexuais, além de imagens de pessoas penetrando e masturbando animais. Ainda segundo essas alegações, uma imagem do Sagrado Coração de Jesus foi associada à homossexualidade. As acusações de pedofilia se basearam em imagens de crianças retratadas de forma travestida e sensualizada, segundo as alegações.[5][6] Um outro argumento utilizado pelos acusadores da exposição foi a falta de classificação etária, que permitiu o acesso de menores de idade à exposição. O uso de recursos públicos na exposição promovida por um banco privado também foi criticado.[7] Como resultado, aconteceram muitas manifestações contrárias desses grupos nas páginas oficiais da Queermuseu nas redes sociais. Essas manifestações pediam o fechamento da exposição e até mesmo o encerramento de contas dos clientes do Santander, o banco que promoveu o evento.[5][8] Agências do banco chegaram a ser vandalizadas por críticos da mostra.[2]

Uma das obras da exposição, da artista Adriana Varejão, foi acusada[quem?] de apologia à zoofilia ao retratar duas figuras masculinas indistintas com uma cabra; Adriana Varejão, ressalta que "busca jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas" e que Cena do Interior II é "uma obra adulta feita para adultos".[15]

    
Esta é uma obra adulta feita para adultos. A pintura é uma compilação de práticas sexuais existentes, algumas históricas (como as shungas, clássicas imagens eróticas da arte popular japonesa) e outras baseadas em narrativas literárias ou coletadas em viagens pelo Brasil. O trabalho não visa julgar essas práticas. Como artista, apenas busco jogar luz sobre coisas que muitas vezes existem escondidas. É um aspecto do meu trabalho, a reflexão adulta.
Adriana Varejão[15]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • La Bête  – performance, de Wagner Schwartz, que também gerou controvérsias entre conservadores e religiosos

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